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Prefeito de Guaramirim vira réu na Operação Mensageiro

  • Foto: Reprodução -

Luís Antônio Chiodini foi preso em maio, após a quarta fase da investigação

O prefeito afastado de Guaramirim, Luís Antônio Chiodini (PP), agora é réu na Operação Mensageiro, conforme decisão proferida nesta quinta-feira (10) pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), em Florianópolis. A aceitação da denúncia pela Justiça coloca Chiodini em um processo jurídico com base nas alegações apresentadas na investigação realizada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). A prisão preventiva do prefeito afastado também foi mantida pelo tribunal, como anunciado na decisão.

A Operação Mensageiro tem por foco a apuração de alegados pagamentos de propina a prefeitos e secretários em troca de benefícios ilícitos concedidos a uma empresa em contratos de coleta de lixo celebrados em municípios catarinenses.

Luís Antônio Chiodini foi detido em maio, na quarta fase da investigação. A prisão ocorreu após a emissão dos mandados em abril, contudo, o prefeito estava na Europa para a formatura de seu filho. O retorno ao Brasil, em 2 de maio, resultou em sua detenção.

Ele se une agora ao grupo de 14 prefeitos que se tornaram réus na Operação Mensageiro. No total, desde a primeira etapa da investigação cumprida em dezembro de 2022, 16 prefeitos foram detidos preventivamente.

Ainda nesta quinta-feira (10), o TJSC deve avaliar a aceitação ou não da denúncia contra o prefeito afastado de Bela Vista do Toldo, Alfredo Cezar Dreher (Podemos).

Com essa decisão, resta somente o caso do prefeito de Três Barras, Luiz Shimoguri (PSD), para definir se a Justiça também o considerará réu com base nas alegações apresentadas pelo MPSC. Alguns prefeitos, que tiveram suas denúncias aceitas há meses, já se encontram em estágios avançados do processo e próximos do julgamento. O primeiro a receber a sentença deve ser o prefeito de Itapoá, Marlon Neuber (PL), conforme informações.

A Operação Mensageiro, que se desenrola há pouco mais de um ano e é supervisionada pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC, visa investigar possíveis fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo contratos de coleta e destinação de lixo em diferentes cidades de Santa Catarina. As investigações alegam que o esquema movimentou cerca de R$ 100 milhões em propinas a políticos e agentes públicos, com a empresa Serrana Engenharia em destaque como o suposto núcleo do caso. A empresa teria lucrado cerca de R$ 430 milhões com as transações, com os pagamentos a políticos representando, em média, 13% do montante envolvido. A operação resultou na prisão preventiva de 16 prefeitos catarinenses, além de secretários municipais, empresários e servidores públicos, todos alegadamente envolvidos no esquema. Desde seu início, a Operação Mensageiro conduziu 196 mandados de busca e apreensão e 40 mandados de prisão preventiva.

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